segunda-feira, 28 de maio de 2012

Carlos Eduardo: “Não foi de graça. Ney Júnior deve ter recebido o dele”



Ex-prefeito Carlos Eduardo Alves já havia afirmado que dois dos vereadores “não valem um palito de fósforo queimado” - Foto: Arquivo
O ex-prefeito e pré-candidato a Prefeitura de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), continua com a língua afiada quando se trata de falar dos vereadores que compõem a Câmara Municipal de Natal. Alias, mais especificamente para falar daqueles que votaram contra as contas de 2008, que o tornaram inelegível por oito anos. Em entrevista concedida a Rádio Difusora, em Mossoró, o ex-gestor público teria insinuado que o vereador Ney Lopes Júnior, do DEM, teria recebido algum tipo de favorecimento para votar contrário.
A declaração foi publicada no blog do jornalista Carlos Skarlack e teria sido dada durante visita do pré-candidato a Mossoró, para oficializar o apoio do PDT ao nome da deputada Larissa Rosado, do PSB, a Prefeitura da “Capital do Oeste”. Primeiro, Carlos Eduardo afirmou que o “suplente de deputado, Rogério (Marinho, do PSDB), declarou que ele e Rosalba trabalharam para Ney Júnior votar contra a aprovação das minhas contas”.
Até aí, nada de muita novidade. Afinal, o mesmo já havia afirmado discurso semelhante, em entrevista ao jornalista Diógenes Dantas, da 96 FM, antes da votação na Câmara. Depois, porém, o ex-prefeito acrescentou: “E isso não foi de graça, Ney Júnior deve ter recebido o dele”.
Essa “manobra política” a qual teria se referido Carlos Eduardo na entrevista à Rádio Difusora, teria como intenção torná-lo inelegível pela Câmara Municipal. Para o ex-prefeito, a atitude teria sido articulada pelo também pré-candidato a Prefeitura de Natal, Rogério Marinho, pela governadora do Estado, Rosalba Ciarlini, e pela atual gestora da capital, Micarla de Sousa, do PV.
Essa articulação envolveria todos os 15 vereadores que votaram contra as contas dele e, nesse grupo, ele incluiu até mesmo os declarados oposicionistas da gestão PV, como Fernando Lucena (PT) e Professor Luís Carlos (PMDB). No caso específico de Ney Júnior, Carlos Eduardo afirmou que a articulação se fez visível quando o vereador votou contra a aprovação das contas mesmo antes tendo dito que não se manifestaria, até porque havia tido suas contas de campanha a deputado estadual rejeitadas em 2010 pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RN).
PALITO QUEIMADO
Carlos Eduardo também voltou a afirmar que dois dos 21 vereadores da Câmara de Natal “não valiam um palito de fósforo queimado”. Nesse caso, ele se referia a Fernando Lucena, do PT e a Enildo Alves, do DEM, autor do relatório da Comissão de Finanças da Câmara, que era contrário ao parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado (TCE). (CM)
Fonte:Portal JH

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