domingo, 13 de maio de 2012

Calendário de escolas será refeito após a greve

O calendário de aulas de algumas escolas públicas municipais passará por alterações. Após mais de um mês fora das salas de aulas, os professores decidiram suspender a paralisação e retomar os trabalhos nesta segunda-feira (14). A diretoria das escolas discutirá junto ao Conselho Municipal de Educação um novo planejamento para a disposição das aulas. Em até duas semanas, o novo calendário deverá ser enviado à Secretaria Municipal de Educação para homologação. Ainda não se sabe se reposições serão necessárias aos sábados, para que haja o cumprimento dos 200 dias letivos por ano exigido em lei. 

Alberto LeandroEm assembleia realizada na última sexta-feira, professores votaram pelo retorno às salas de aulaEm assembleia realizada na última sexta-feira, professores votaram pelo retorno às salas de aula

Desde o final do mês de março, os professores haviam decidido paralisar as atividades cobrando, dentre outros pontos, reajuste salarial. Durante a sexta-feira passada, a assembleia da categoria votou pelo retorno às salas de aula. Através de nota, a presidente Sindicato do Trabalhadores em Educação (Sinte), Fátima Cardoso, informou sobre a decisão: "Nós mobilizamos e motivamos a categoria de todas as formas, mas muitos entendiam que Micarla de Sousa não tem mais o que perder, por isso era inútil estender por mais a greve por mais tempo".

Cardoso atacou a administração municipal e o descrédito da prefeita Micarla de Sousa junto à população. "Como manter a pressão por mais tempo contra uma prefeita que já é rejeitada por mais de 90% da população? Ela não virou as costas apenas para a educação, mas para toda a cidade do Natal", afirmou através de nota. De acordo com o Sinte, outro fator que levou a categoria a suspender o movimento foi o respeito aos pais e alunos. 

A direção do Sindicato faz coro com essa opinião dos professores e professoras: "Estender por mais tempo a pressão contra uma gestão praticamente inexistente só iria prejudicar aqueles que são os maiores aliados da categoria e dos quais dependem o sucesso de nossa luta", disse a presidente do Sinte.

Durante a manhã deste sábado, o secretário de Educação, Walter Fonseca, concedeu entrevista à TRIBUNA DO NORTE e esclareceu o seu posicionamento. "Foi uma decisão sensata. Havíamos chegado a um impasse intransponível", declarou. 

Segundo ele, o prejuízo da greve foi paralisação pela falta de adesão dos professores ao movimento grevista. "Das 73 escolas municipais, 30 continuaram funcionando normalmente. Vinte e cinco foram prejudicadas parcialmente e 17 pararam completamente", relatou. Nas 30 escolas citadas não haverá necessidade de alteração de calendário. Nas outras 25, haverá reposição de conteúdo. Já nas 17 que pararam completamente, o calendário terá que ser refeito para que não haja prejuízo ao estudante. "As diretorias devem se reunir com o Conselho Municipal de Educação para repensar o planejamento. Em até duas semanas, devem estar enviado o calendário para a Secretaria para que seja homologada", afirmou Walter Fonseca. 

A greve dos professores municipais foi marcada por reviravoltas, e o secretário atribuiu a isso o fato de não ter se alcançado um consenso. "Eles aceitaram o reajuste e voltaram atrás. Agora, há outras questões que impedem o reajuste previsto".

Fonte:TNOnline

0 comentários:

Postar um comentário

Twitter Facebook Digg Myspace E-mail

 
Headlines