A tradição dos brasileiros de comer peixe no período da Semana Santa trará para 110 famílias assentadas da Reforma Agrária, integrantes do projeto do Pólo-Tilápia, um incentivo a mais na produção do pescado e para o aumento da renda familiar dos produtores. Durante a próxima semana, os assentamentos Aracati, Rosário (agrovila Canudos) e a comunidade Bebida Velha comercializarão cerca de 17,5 toneladas de peixe.
DivulgaçãoA criação e comercialização de tilápias é destaque entre os produtos vendidos pelos assentamentos do RN
De amanhã até o Domingo de Páscoa (08), dez tanques de tilápia serão despescados nas três comunidades rurais. A primeira despesca ocorrerá no Assentamento Acarati, no período da manhã, na segunda-feira, primeiro dia da Semana de Páscoa. Naquela comunidade agrária serão comercializados cerca de 10 toneladas. Na quarta-feira seguinte, dia 04, será a vez do assentamento Rosário. Lá serão retirados dos tanques cerca de cinco toneladas de tilápia. A despesca segue até Bebida Velha, quando 2,5 mil quilos de peixe serão vendidos. Os peixes estão sendo pescados com pesos que variam de 700 gamas a 1 quilo.
Toda a produção está sendo comprada pela Emater/RN, através do Programa Compra Direta da Agricultura Familiar, do Governo Federal. Os 17,5 quilos de peixe serão entregues às 16 prefeituras da região do Mato Grande. Caberá a equipe de serviço social das prefeituras fazer a doação de três quilos da tilápia para os trabalhadores rurais e urbanos que fazem parte do programa Bolsa Família. Outra parte da produção será distribuídas para escolas, creches, abrigos de idosos e comunidades carentes, garantindo, assim, o peixe da Semana Santa.
Segundo dados da coordenadora do projeto Pólo-Tilápia, a trabalhadora assentada Livânia Frison, a Emater está comprando a produção ao preço de R$ 7,00 o quilo, totalizando investimentos na ordem de R$ 122.500,00. Cada família receberá em média cerca de R$ 1.200,00 pela produção. "As famílias envolvidas no Pólo-Tilápia tiveram um acréscimo de mais de dois salários mínimos na renda familiar, neste mês de abril, pela comercialização extra da Semana Santa", comemorou Livânia.
A trabalhadora rural disse também que a produção de tilápia mostra-se rendável a cada ano. No Assentamento Rosário, na agrovila Canudos, em que mora Livânia, a criação do pescado associada ao plantio de frutas (banana e mamão) garante renda fixa de um salário mínimo mensal. "A Semana Santa representa uma melhoria significativa para os trabalhadores assentados com o aumento da venda do pescado", acrescentou.
A criação e comercialização de tilápias é destaque entre os produtos comercializados nos assentamentos do Rio Grande do Norte, em especial, nos assentamentos Rosário, Aracati, Modelo I e II, Santa Águida e na comunidade Bebida Velha, nos municípios de Ceará-Mirim, Touros, João Câmara e Pureza. O projeto é incentivado pelo Incra, que apoia com o pagamento de energia e dá suporte para aquisição e transporte de insumos necessário para alimentação do peixe.
O Pólo-Tilápia permite a produção do peixe durante todo o ano e está localizado no Território da Cidadania do Mato Grande, no Rio Grande do Norte.
Fonte: TNOnline
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