O médico Onofre Lopes Júnior, que matou o assaltante Julianderson Marcelo da Silva Pereira, 30 anos, na quinta-feira da semana passada, apresentou-se ontem no 5º Distrito Policia. O médico, que havia conseguido atestado para não se apresentar ao delegado Ulisses de Souza, prestou esclarecimentos junto com a mulher e foi liberado em seguida. Ainda não há definição sobre novos depoimentos.
Os advogados do médico conseguiram um habeas corpus preventivo também nesta terça, na 3ª Vara Criminal de Natal. O pedido que havia sido impetrado no Tribunal de Justiça sequer chegou a ser apreciado por declaração de incompetência por parte do desembargador Rafael Godeiro, que justificou a medida por haver outro pedido de habeas corpus tramitando em instância inferior. Com o deferimento do pedido na primeira instância, Onofre Lopes Júnior foi à delegacia e prestou esclarecimentos.
De acordo com fonte da Tribuna do Norte, a versão do médico foi a de que ele e mulher foram abordados enquanto os dois estavam dentro do carro, em frente a uma farmácia, no bairro de Lagoa Nova. Onofre Júnior teria dito que o bandido bateu com a arma no vidro do lado do motorista, onde estava a mulher, ordenando que ela descesse do veículo. Alterado e gritando palavrões, o bandido teria puxado a mulher pelo braço e a derrubado no chão. Onofre Júnior, que estava no banco do passageiro, ficou lado a lado com o criminoso. O bandido teria chamado-o de velho e encostado a arma na cintura do médico, ordenando que ele também deixasse o veículo. O médico desceu lentamente e, após fechar a porta, começou a atirar contra o bandido.
A primeira bala atravessou o vidro do carro, atingindo o criminoso, que conseguiu descer do veículo. Onofre Júnior, que disse estar mais preocupado em defender a mulher, continuou atirando temendo que o bandido revidasse. O criminoso foi alvejado mais sete vezes, morrendo no asfalto, em frente à farmácia.
Antes de observar que o bandido realmente havia morrido, o médico, ainda de acordo com a versão que teria dado à polícia, disse que entrou na farmácia para acompanhar a mulher e observar como ela estava. A gerente da farmácia, com medo da situação, fechou a porta e alguma pessoa que o médico não soube informar chamou um táxi para levá-los do local. Onofre Júnior teria dito que queria ficar no local por ter agido em legítima defesa, mas foi convencido a deixar a farmácia porque ele e a mulher estavam demonstrando muito nervosismo. Depois de ouvir a versão, o delegado Ulisses de Souza liberou o médico. A assessoria de imprensa da Degepol informou que não foi cogitada a hipótese de deter o médico.
Fonte: TNOnline
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