As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) confirmaram nesta terça-feira (27) que libertarão seis prisioneiros assim que forem estabelecidos acordos sobre os protocolos necessários.
Em uma extensa mensagem dirigida ao povo colombiano e com motivo do ano novo, as Farc afirmam que entregarão os detidos à ex-senadora Piedad Córdoba e a um grupo de mulheres de relevância internacional que trabalham pela paz do país.
Entre os prisioneiros a libertar, a guerrilha especificou que se encontram os subintendentes da Polícia Nacional Jorge Trujillo e Jorge Humberto Romero, e o cabo da mesma instituição, José Libardo Forero.
Sobre os outros três restantes, as Farc indicam que em breve anunciarão sua identidade.
Por outra parte, o grupo insurgente espera que o governo nacional e a cúpula militar não repitam o ocorrido no passado 26 de novembro em uma zona rural do departamento de Caquetá.
Nesse dia, morreram quatro prisioneiros em mãos da guerrilha, depois de uma ação militar entre a insurgência e o Exército que desatou duras críticas ao governo por suas tentativas de resgates, dado o perigo que isso supõe para os presos.
Na mensagem, as Farc também fazem referência a vários aspectos da vida nacional e internacional, sobre os quais expressam seus pontos de vista e convidam à reflexão.
Sobre o significado do ano que termina e o ano novo, a guerrilha sustenta que 2011, tal como prognosticado, foi um ano de grandes jornadas populares.
"Demolindo a muralha do medo e da dissuasão criminosa do terrorismo de Estado, o povo levantou-se contra a política neoliberal, a corrupção, a entrega da soberania, e os desaforos do poder", sublinha.
Para as Farc, o ano que culmina marcou o despertar, a ascensão da luta e a mobilização do povo por seus direitos.
Por sua vez, consideram que foram assentadas as bases de rebeldia e dignidade para encarar as decisivas lutas sociais e políticas de 2012.
A opinião da insurgência é que no próximo ano se estremecerão os alicerces do sistema apátrida que está entregando a soberania e as riquezas do país às multinacionais do capital.
"Em pé de combate, bem-vindo o ano novo munido de inconformismo e anseios de Nova Colômbia ", expressam.
Por outro lado, recordam que o povo almeja a paz e a insurgência sempre exigiu a solução política do conflito, pela qual chama a unir vontades para isolar os belicistas de Washington e Bogotá.
"Como dizia o comandante Jacobo Arenas: o destino da Colômbia não pode ser a guerra. Apoiemos todos o primeiro passo para a solução política, representado pela troca de prisioneiros entre as forças beligerantes", destaca o documento.
Prensa Latina
Apud P. Vermelho
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