quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Confusão e vandalismo em São Paulo

A apuração das escolas de samba do Carnaval de São Paulo foi interrompida quando faltava poucos votos para serem apurados e disputa era liderada pela Mocidade Alegre. Um dirigente da Império da Casa Verde invadiu o palanque onde estava sendo feita a leitura das notas, pegou os envelopes e rasgou os papéis. Em seguida, torcedores jogaram as notas pelo ar.

nelson antoine/fotoarena/aeTorcedores da Gaviões atearam fogo no carro alegórico da Pérola Negra, que ficou semidestruídoTorcedores da Gaviões atearam fogo no carro alegórico da Pérola Negra, que ficou semidestruído

A confusão aconteceu durante a leitura dos votos do último quesito (comissão de frente). Este é o critério de desempate no Carnaval de São Paulo deste ano.

Policiais e seguranças levaram alguns minutos para controlar a confusão. Cadeiras também foram jogadas. Cinco pessoas foram presas, entre elas o responsável pelo início do tumulto, identificado como Tiago Faria, 29 anos. Também foi preso Cauê Santos Ferreira, 20, da Gaviões da Fiel. Os dois serão acusados de incitação ao tumulto e danos ao patrimônio público.

Enquanto a polícia dispersava a multidão, torcedores da Gavião da Fiel promoveram cenas de vandalismo, danificando o alambrado que guardava uma área do Anhembi onde estavam guardados carros alegórico da Pérola Negra. Um deles começou a pegar fogo. Os bombeiros e as equipes anti-incêndio do Anhembi agiram rápido, impedindo que o fogo se espalhasse, mas o carro ficou destruído.

Tiago Ciro Tadeu Farias e Cauê Santos Ferreira afirmaram em depoimento à polícia que havia "um acordo de cavalheiros" para que nenhuma escola saísse campeã. O motivo teria sido a troca de dois jurados, na quinta-feira, 16, um dia antes do início dos desfiles. O combinado envolveu 13 escolas - apenas a "campeã", que seria beneficiada pela troca, não participou do acordo, na versão dos presos. Eles não disseram qual seria essa escola. A Mocidade Alegre estava na frente, muito próxima do título, quando a leitura dos votos foi interrompida. Até o fechamento desta edição, não havia uma decisão sobre o assunto. 


Fonte:TNOnline

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