Depois de assembleias realizadas em todo o país, os trabalhadores dos Correios decidiram permanecer em greve. A paralisação começou na quarta-feira (14), após assembleias realizadas na terça-feira à noite. Apenas uma reunião ainda está para acontecer em Brasília, mas, de acordo com membro do Comando Nacional de Negociação Cláudio Roberto ela também vai decidir por manter a paralisação. Os 35 sindicatos existentes da categoria participam da greve.
Helder Tavares/DP/D.A Press/ArquivoOs Correios estimam que deverão deixar de circular pouco mais de 60 milhões de correspondências por dia nas próximas semanas.
Cláudio afirma que a greve continua até que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) apresente uma nova proposta.
Último a aderirA partir de quarta-feira (21), o Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares de Uberaba e Região (Sintect – URA) entrará para a paralisação dos trabalhadores dos Correios, que teve início na noite de terça-feira (13). Com a adesão da região, todos os 35 sindicatos da categoria no país estarão em greve, de acordo com José Gonçalves de Almeida, o Jacó, membro do comando de negogiação da Federação dos Trabalhadores dos Correios (Fentec).O sindicato de Uberaba foi o último a entrar na paralisação. A assembleia que decidiu pela adesão aconteceu na sexta-feira (16). De acordo com Antônio Sérgio Tiveron, diretor do Sintect - URA, é preciso esperar até quarta-feira para cumprir a legislação, já que é necessário avisar os Correios sobre a paralisação com antecedência. De acordo com Jacó, cerca de 70% dos servidores aderiram à greve. Ao todo, são 110 mil trabalhadores nos Correios, dos quais a federação estima que aproximadamente 80 mil estejam em greve.Os Correios devem soltar novo balanço sobre a greve nesta segunda-feira (19). Segundo o balanço divulgado na quinta-feira (15), o índice de adesão, até quinta-feira, era de aproximadamente 30% do efetivo total de trabalhadores, chegando a 2/3 na área operacional.FuneralNa sexta-feira, no Rio, os grevistas se concentraram na Candelária para seguir em passeata até a Cinelândia, no centro da cidade. Houve queima de fogos e um carro de som tocou a Marcha Fúnebre, segundo os grevistas, em sinal de luto pela administração do presidente dos Correios, Wagner Pinheiro.Pauta A categoria pede 7,16% de reajuste salarial imediato para repor a defasagem causada pela inflação, reajuste do vale-refeição e do vale-alimentação (R$ 30 por dia), aumento real linear de R$ 400 e um piso salarial de R$ 1.635. Hoje o piso é de R$ 807. “Também exigimos um Correio público, 100% estatal e eficiente, além de contratações já, porque a sobrecarga está forte, está faltando muita gente nos Correios”, diz Evandro Leonir, representante do comando nacional de negociação da federação.De acordo com a Fentect, a ECT fez uma contraproposta de reajuste de 6,87%, aumento do vale-refeição e do vale-alimentação de R$ 24,50, abono salarial de R$ 800 e proposta de aumento real de R$ 50 a partir de janeiro, mas os trabalhadores não aceitaram e entraram em greve.ImpasseCom a adesão dos trabalhadores à greve, esta proposta foi imediatamente extinta, segundo informações da assessoria de imprensa dos Correios. A empresa diz que aceita negociar com os trabalhadores, desde que as atividades sejam retomadas.Os grevistas, no entanto, alegam que os trabalhadores não voltarão ao trabalho enquanto os canais de discussão não forem reabertos. "Agora, realizamos assembléias diárias, assim podemos decidir a cada dia de acordo com as negociações com a empresa", explica o diretor do Sintect/RJ Ronaldo Leite.Os Correios estimam que deverão deixar de circular pouco mais de 60 milhões de correspondências por dia nas próximas semanas – e a greve não tem previsão para terminar.Em nota divulgada na sexta-feira (16), a Fentect diz que “não haverá recuo até que as reivindicações sejam atendidas”.
Da redação do Portal vermelho, com agências
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