sábado, 10 de setembro de 2011

Egito: protestos na embaixada israelense deixam três mortos


Pelo menos três pessoas morreram e 1.049 ficaram feridas durante os choques entre manifestantes e as forças de segurança na noite de sexta-feira (09) nos arredores da Embaixada de Israel no Cairo, segundo a agência de notícias estatal egípcia, Mena. Forças de segurança disseram à Agência Efe que duas mortes foram causadas por ataques cardíacos.


Anteriormente, a Mena tinha falado de uma morte por ataque de coração e 837 feridos durante os incidentes junto à embaixada, onde, centenas de manifestantes continuam reunidos neste sábado (10) no meio de um forte desdobramento de segurança, embora já não se registrem choques.

Cerca de 20 militares, apoiados por quatro carros de combate, estão a postos na entrada do local, enquanto os manifestantes cantam palavras de ordem contra Israel. A rua onde se encontra a embaixada, no lado oeste do Nilo, voltou a ser aberta ao trânsito, apesar de ainda ter sinais da batalha da noite de sexta-feira, onde pneus e carros foram incendiados.

Muitos manifestantes dormiram nos portais dos edifícios adjacentes ao da legação. Um dos ali presentes, Ahmad Saber, explicou à Efe que voltou ao local porque não aceita a presença israelense no Egito. "Queremos acabar com a relação entre os dois países, a saída do embaixador (israelense) foi um primeiro passo, mas não vamos parar até que se cortem as relações totalmente", afirmou Saber.

O primeiro-ministro egípcio, Essam Sharaf, presidiu neste sábado uma reunião do gabinete de crise para revisar a situação interna após os fatos na noite de sexta-feira e a saída do país do embaixador israelense, Yitzhak Levanon. A agência egípcia destacou que a reunião se centrou no episódio da embaixada israelense, a tentativa de invadirem a sede da Direção de Segurança de Giza, vizinha à legação diplomática, e "a agressão à sede do Ministério do Interior".

O Egito lutou contra Israel em quatro guerras - 1948, 1956, 1967 e 1973 -, que culminaram com um tratado de paz assinado em Washington em 26 de março de 1979 pelo então presidente egípcio, Anwar al Sadat, e o primeiro-ministro israelense, Menachem Begin, e o norte-americano, Jimmy Carter.

Fonte: Opera Mundi

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