O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) qualificou como "palhaçada" o pedido de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre as privatizações de estatais durante o governo FHC, protocolado em dezembro na Câmara Federal.
A expectativa é de que a comissão seja instalada em fevereiro, conforme promessa do presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS) ao autor do requerimento, o deputado por São Paulo Protógenes Queiroz (PCdoB). O objetivo é investigar a veracidade das denúncias contidas no livro "A Privataria Tucana", do jornalista mineiro Amaury Ribeiro Júnior.
Serra participou, nesta terça-feira (10) da entrega de uma unidade de pesquisa clínica em oncologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Ele mostrou-se pouco disposto a conversar com jornalistas, recusando-se a comentar eleições municipais na capital paulista – para a qual é cotado como pré-candidato – dizendo que falar sobre o assunto seria "tudo repeteco".
"Não foi instalada nenhuma CPI ainda", desconversou Serra. Apesar de 185 assinaturas terem sido colhidas – 14 a mais do que o mínimo constitucional de um terço dos 513 deputados – e de o pedido já ter sido protocolado, o tucano afirmou não ter conhecimento sobre a iniciativa. A seguir, partiu para o ataque: "Isso é tudo uma palhaçada, porque eu tenho cara de palhaço, nariz de palhaço, só pode ser palhaço". Em seguida, ele afastou-se sem responder mais questionamentos sobre o tema.
"A Privataria Tucana" apresenta documentos e indícios de um esquema bilionário de fraudes promovido durante o processo de privatização de estatis na década de 1990, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Com 100 mil exemplares vendidos em menos de três semanas, segundo a Geração Editorial, a publicação chegou a esgotar no primeiro fim de semana de vendas.
Por meio de documentação públicos e obtidos na Justiça, o jornalista acusa o ex-caixa de campanha do PSDB e ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil, Ricardo Sérgio de Oliveira, de ter atuado como "artesão" da construção de consórcios de privatização em troca de propinas. Familiares e pessoas próximas ao ex-governador de São Paulo e ex-ministro do Planejamento, José Serra, também são citadas por envolvimento em lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
O pedido de instalação de CPI foi protocolado em dezembro passado. Quatro deputados do PSDB subscreveram. A executiva nacional dos tucanos, porém, promete processar o autor do livro. A filha de Serra, Verônica, chegou a divulgar nota a respeito em 26 de dezembro, rechaçando acusações contra ela.
Fonte: Rede Brasil Atual
Apud Portal Vermelho
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Privataria e os Quatro Cavaleiros do Apocalipse
Por Marcos Carvalho
E abriu o 1º selo, e eis um Cavaleiro; e o que estava montado nele era um Cavalo Branco de quatro chifres; e o cavaleiro tinha um arco como o de um cupido; e no arco estava escrito "O amor é relativamente lindo".
E adoraram o Cavalo Branco porque ele formava as opiniões.
E abriu o 2º selo, e eis um Cavalo Vermelho; e o que estava montado nele era chamado de Privata e foi dado a ele que tirasse os bens da terra. E o Cavalo Branco deu ao Privata o seu poder; e adoraram o Privata, dizendo "Quem é semelhante ao Privata? Quem poderá batalhar contra ele?". E o Privata que engana os que habitam sobre a terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença do Cavalo Branco, cruzou os 7 mares e feriu toda a terra por muitos anos.
E abriu o 3º selo; e eis um Cavalo Preto; e o que estava montado nele tinha uma balança na mão e venda nos olhos. E ouvi como que uma voz no meio dos quatro seres viventes, que dizia: Um queniz de trigo por um denário, e três quenizes de cevada por um denário; e não danifiques nadica de Nahas. E foi dado a ele que fosse o Guardião das Nádigas de Nahas.
E abriu o 4º selo, e eis um Cavalo Amarelo, e o que estava montado nele chamava-se Morte; e o Nahas seguia com ele; e foi-lhe dada autoridade sobre a quarta parte da terra, para matar com a espada, e com a fome, e com a peste, e com as feras da terra. E ele saiu de seu castelo montado no Cavalo Amarelo, empunhando sua espada e dizendo "Daí a Nahas o que é de Nahas, e o que é de Deus adeus". E o Cavalo Branco que tem 4 chifres que formava opinião e já não forma, vai com ele à perdição. Então a terra é invadida pelo Cavaleiro e a Turba retirada aos pontapés, chorando e implorando misericórdia, mas nem Nahas "Enem" os Cavalos "Enem" os Cavaleiros invadiram a terra para terem misericórdia.
Para se proteger dos quatro cavaleiros e de seus cavalos a turba possuía um livrinho aberto em suas mãos. E colocaram o pé direito sobre um pinheiro e o pé esquerdo sobre o Cavalo Preto e disseram "Não haverá mais demora", neste momento o cavaleiro cai e o cavalo preto é dominado pela Turba passando a servi-los. Então a turba arranca uma das páginas do livrinho e, fazendo uma bolinha de papel, atira violentamente no Privata e o mesmo cai nocauteado. E o papel é devidamente recolhido e reciclado para que dele seja feito diploma e os cavaleiros e seus cavalos sofram de indignação ao verem que a turba é de Deus. Neste momento os quatro cavaleiros ouvem uma voz retumbante dos céus que diz "Cuidado com a Turba que a Turba te pega, te pega daqui te pega de lá". A turba então arranca mais uma folha do livrinho e dá ao Cavalo Branco e ele fica mudo, sendo que na boca da Turba o livrinho é doce como mel.
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