Especialista em Direitos Humanos acredita que alto grau de impunidade e falta de segurança contribuem para formação de grupos de extermínio.
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Para o presidente, as declarações só reforçam o estado crítico que passa a segurança do estado. “São declarações fortes que mostram a fragilidade da nossa segurança. O governo precisa parar de fazer propaganda mostrando a diminuição da violência e começar a investir para poder resgatar um mínimo de segurança. Hoje a violência não diminui, pelo contrario só tem aumentado e cada vez mais se tornado complexa, a exemplo o caso de sequestro”, afirma.
Segundo Marcos Dionísio, a situação de fragilidade dos jovens é preocupante. “Os jovens que cometeram alguns crimes estão sendo foco desses grupos. Eles estão expostos, porque o estado não consegue dar segurança, além de passar a sensação de um alto grau de impunidade. Além disso, há outra situação agravante, os juízes não podem solicitar a internação dos jovens, porque os Centros (Centros Educacionais para internação) estão interditados. Então, eles ficam nos ambientes de perigo, nas ruas, o que expõe ao risco de ser alvo da ação desses grupos”, garante.
O Presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos argumenta que a busca pela punição através da vingança vem mantendo os grupos de extermínio. “São afirmações contundentes, as declarações do juiz Homero e só ratificam a realidade que vem ocorrendo há anos. Não diria que há só um grupo, mas há vários grupos atuando na grande Natal. Essas mortes são mantidas por pessoas que tentam fazer justiça com as próprias mãos em busca de vingança”, esclarece.
O advogado ainda faz um apelo “Acho que é fundamental que o Governo, a Polícia, o Ministério Público procurem ver o que cada um pode fazer para reverter, minimizar essa situação. Além disso, a sociedade precisa acordar, se manifestar contra esse genocídio dos nossos jovens”.
Situação
A juíza da Vara de Infância e Juventude e do Idoso de Parnamirim, Ilná Rosado Motta, determinou a interdição do CEDUC-Pitimbu, nos termos do artigo 97, "d" do ECA. Com isso, a unidade prisional fica impedida de receber novos internos, haja vista que o lugar não possui condições mínimas de habitalidade, salubridade e higiene, oferecendo risco à integridade física e psíquica dos internos. A magistrada confirmou a decisão cautelar de interdição da unidade proferida anteriormente nos autos. A determinação foi tomada após realização de procedimento para a apuração de irregularidades no Centro Educacional Pitimbu - CEDUC.
Fonte: Nominuto.com