UFRN classificada entre as melhores da América Latina

Roberto Lucena - Repórter



De acordo com um ranking divulgado ontem pela Quacquarelli Symonds (QS) - organização de pesquisa educacional do Reino Unido -, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) entre as 100 melhores instituição de ensino superior da América Latina. Outras 30 universidades brasileiras fazem parte do seleto grupo. O estudo, que pela primeira vez reúne universidades latino-americanas, avaliou, entre outros pontos, a reputação acadêmica, artigos publicados e impacto na internet das instituições de ensino.

alex régisReitora Ângela Paiva explica a boa avaliação da universidade entre as instituições da América Latina.

Para a reitora Ângela Paiva Cruz, o resultado do estudo é um termômetro que avalia o quanto a UFRN conseguiu crescer nos últimos anos agregando qualidade. "Essa avaliação aponta a credibilidade que nossa instituição adquiriu. Tivemos um crescimento significativo no número de matriculados, bem como nas pesquisas e qualificação do corpo docente", afirmou. Atualmente, a UFRN conta com mais de 37 mil alunos.

Além dos números de professores, alunos e pesquisas, o bom resultado no ranking da QS, segundo a reitora, pode ser explicado pela contratação de doutores através de concurso público e o Programa de Qualificação Institucional (PQI). "São ações que visam à melhoria da qualidade do nosso ensino. Estamos crescendo sem perder a qualidade", ressaltou.

Para elaborar o ranking, a QS utilizou sete indicadores: reputação acadêmica (30%), reputação de empregabilidade (20%), estudantes da universidade (10), professores com doutorado (10%), artigos publicados (10%), citações por artigo (10%) e impacto na internet (10%). Segundo a reitora, a UFRN está bem em todos os quesitos, porém, é necessário melhorar em alguns pontos, especialmente com relação ao número de professores com doutorado. "Hoje, 67% dos professores são doutores. Queremos avançar nesse quesito. A ideia é chegar aos 100% nos próximos anos. Outra meta é conseguir uma maior interação entre os grupos de pesquisa e posterior inserção nos estudos internacionais", relatou.

A pesquisa divulgada ontem, de acordo com a reitora, pode viabilizar mais recursos financeiros para a UFRN. Além disso, explicou, é importante para motivar professores, alunos e pesquisadores. "Com o resultado que nos coloca entre as 100 melhores universidade da América Latina, há um aumento da nossa credibilidade junto à outras instituições como a Petrobras, por exemplo, que já é uma grande parceira". A gestora espera conseguir viabilizar mais parcerias com universidades de outros países. Atualmente, a França e países africanos são exemplos de parcerias.

Nos próximos anos, a universidade espera receber eventos internacionais que podem contribuir com o crescimento da instituição. Em 2014, será realizado um fórum internacional sobre ciências climáticas. Há investimentos assegurados em outros setores. No início do próximo ano, será inaugurado a primeira etapa do Instituto de Medicina Tropical. "Serão dois prédios: o primeiro dentro do campus central e o outro, maior e mais equipado, ao lado do hospital Giselda Trigueiro. O instituto será especializado em doenças tropicais endêmicas", explicou Ângela Paiva.

Fonte: TNOnline

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