Em uma mensagem divulgada nesta quinta-feira (6) pela emissora de televisão síria Ar-Rai, o líder líbio Muamar Kadafi pediu aos seus compatriotas que se manifestem contra os golpistas que se encastelaram no poder com a ajuda do Pacto Militar do Atlântico Norte (Otan), ao mesmo tempo que as forças leais ao imperialismo iniciavam mais uma tentativa de captura da cidade de Sirte.
"Convoco o povo líbio, homens e mulheres, a sair para se manifestar aos milhões novamente nas praças e nas ruas e em todas as cidades", disse o líder líbio na mensagem.
"Não temam ninguém, vocês são o povo, pertencem a esta terra. Façam ouvir sua voz contra os colaboracionistas da Otan", acrescentou, em alusão aos golpistas liderados pelo chamado Conselho Nacional de Transição (CNT).
As forças leias à Otan bombardearam fortemente Sirte nesta quinta-feira e, segundo a mídia ocidental, foram travados combates urbanos com membros da resistência contra o golpe dado pela Otan e seus asseclas.
O CNT peleja para destruir a resistência que luta em Sirte, cidade chamada de "símbolo" pela mídia corporativa porque é lá que nasceu o líder líbio .
No terreno, a resistência continua combatendo todas as tentativas de penetração na cidade sitiada, forçando o bando leal à Otan a se abrir em combates de rua.
Na quinta-feira, intensos combates ocorriam no nordeste da cidade, onde as forças leais tentaram à noite romper o cerco imposto há três semanas pelos combatentes das novas autoridades.
"Eles avançam e recuam, mudam incessantemente de posição. Usam essa tática para nos fazer acreditar que avançam para nós e fazer com que diminua a pressão", declarou um dos líderes do bando golpista, Nagib Mismari, referindo-se aos soldados da resistência.
Ao meio-dia, os combatentes pró-CNT conseguiram repudiar o avanço das forças pró-Kadhafi nesta linha da frente nordeste e se movimentavam a pé entre os espaços entre as casas, protegendo-se dos foguetes e dos disparos de franco-atiradores das forças leais.
Um dos alvos do intenso ataque das forças colaboracionistas é o "bairro dos mauritanos", local onde residem milhares de negros migrantes de outras partes da África e que estão sendo massacrados pelas forças leais à Otan, acusadas de cometerem massacres contra a população negra da líbia, chamada pela mídia ocidental de "mercenários pró-Kadafi".
Alguns civis continuavam fugindo esta quinta-feira da cidade de 70.000 habitantes.
Ao mesmo tempo, violentos enfrentamentos entre forças pró Otan e a resistência ocorriam em Ragdaline, uma cidade ainda livre do jugo dos colaboracionistas.
Apesar de um mês de combates, as forças pró-imperialistas não conseguem avançar na região, um vasto oásis com relevo acidentado, por causa da resistência aos colaboracionistas e também pela reduzida organização dos bandos leais à Otan.
Fonte: Portal Vermelho com agências
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