As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) já têm um novo líder – é o cardiologista Rodrigo Londoño, conhecido como Timoléon Jiménez ou Timochenko. Integrantes do movimento insurgente informaram que, com 30 anos de experiência nas fileiras da guerrilha, ele foi eleito por unanimidade pelo secretariado das Farc, formado por sete membros permanentes e dois suplentes.
Timochenko substitui o líder anterior, Alfonso Cano, morto há duas semanas em uma das maiores operações das Forças Armadas da Colômbia. Jiménez é o mais antigo integrante do secretariado das Farc. É considerado por autoridades colombianas o grande estrategista militar do grupo.
Em nota, as Farc declararam que “se sentem orgulhosos de que o comandante tenha caído lutando no campo de combate e morto como morrem os verdadeiros chefes militares, os heróis do povo, os valentes. Mostrando seu grito de guerra e com um chumbo, com seu exemplo, que assim morrem os homens e as mulheres honradas, consequentes com o que pensam, e que juraram pela justiça e dignidade do povo, lutar até as últimas consequências. Este é o exemplo que levarão galvanizado sempre na consciência dos guerrilheiros das Farc que juraram vencer e vencerão”.
Sobre o possível desmantelamento da guerrilha, eles esclarecem: “esses pobres analistas e políticos medíocres, aduladores do poder, que hoje falam da derrota das Farc frente à morte do comandante, são tão ignorantes que sequer merecem o gesto de nosso desprezo. Não se rachou o mito de Alfonso Cano, como afirmam perdidos na embriaguez de triunfalismo. Não conseguiram advertir que a imagem de Alfonso morto em combate na vereda Chirriaderos cresce como modelo e é motivo do mais elevado orgulho farciano e de um povo que tem sido capaz de produzir comandantes luminosos. Estão tão perdidos, que ainda celebram a morte do mais fervoroso partidário da solução política e da paz”.
O comunicado encerra reafirmando a eleição de Jiménez com o voto unânime dos companheiros de secretariado. “Se garante assim a continuidade do Plano Estratégico até a tomada de poder para o povo. A coesão de seus comandantes e combatentes, como dizia Manuel Marulanda Vélez, segue sendo uma das mais importantes conquistas das Farc.”
Com agências
Apud P.Vermelho
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