Um ato pacífico e organizado contra o aumento da tarifas do transporte público natalense. Esse foi o clima do protesto realizado por estudantes e populares no final da tarde e noite de ontem em frente à parada de ônibus do shopping Via Direta.
 Ato pacífico reuniu cerca de duas mil pessoas, que bloquearam parcialmente uma das vias da BR. Alguns ônibus liberaram o acesso à população pela porta de trás. Foto: Carlos Santos/DN/D.A Press |
Caras pintadas, cartazes e bandeiras contra o aumento da tarifa dos ônibus eram comuns entre as cerca de duas mil pessoas que participavam do protesto. O trânsito era lento, mas os manifestantes permitiam, aos poucos, a passagens dos carros. Apenas uma das faixas do sentido Zona Sul/Centro foi ocupada. Segundo a estudante conhecida como Fanny, que faz parte da comissão de mídia e comunicação do Movimento Revolucionário, a proposta que será votada na amanhã na Câmara Municipal pela revogação do aumento da passagem já pode ser considerada uma conquista dos estudantes. "O nosso movimento é popular, horizontal, apartidário e sem líderes. Acredito que se conseguirmos algo será uma conquista inteiramente nossa", diz ela.
Fanny, que garantiu que os estudante irão para a frente da Câmara amanhã para acompanhar a votação dos parlamentares, explica que antes de cada ato ser concretizado, são realizadas plenárias abertas a toda população para discutir como será feito, quando e onde. "A gente está fazendo isso por todo mundo".
Imprensa
Os estudantes criticaram a cobertura dos acontecimentos que vem sendo feitas por parte da imprensa. Segundo a estudante Alba Montenegro, a ideia do movimento é reivindicar não só a diminuição da tarifa cobrada nos ônibus, mas também cobras melhorias no transporte público e segurança para a população e para cobradores e motoristas, por isso pediam o apoio dos profissionais no ato de ontem. Muito foram os ônibus que liberaram suas portas traseiras para a entrada dos passageiros em apoio ao protesto. Entre os gritos dos estudantes, as maiores reclamações eram contra os empresários do transporte público e contra a gestão da atual prefeita Micarla de Sousa.
Para todos
De acordo com alba Montenegro, não era comum os jovens levantarem a voz e irem às ruas, mas diante dos problemas que a sociedade vem enfrentando em diversos setores, o aumento súbito da passagem de ônibus foi "a gota d'água para que Natal acordasse". "As greves viraram cultura. Os hospitais podem fazer greve, os policiais, os motoristas e nós, estudantes, quando fazemos algo somos taxados de vagabundos ou vândalos enquanto lutamos por algo para todos nós", diz Alba que completa informando que os protestos irão continuar acontecendo até que o aumento da tarifa dos ônibus seja revogado.
Fonte: DN Online
0 comentários:
Postar um comentário