Protesto terminou no final da noite de terça-feira (18) com dois ônibus queimados e repressão da Polícia Militar.
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Um estudante e um dos organizadores da “Revolta do Busão”, que preferiu o anonimato, disse que os atos relacionados ao incêndio nos ônibus foram feitos a partir de "infiltrados" do movimento.
Ele afirmou que as pessoas só realizaram essa atitude porque as empresas retiraram os ônibus mais cedo nas ruas.
Objetivo dessa manifestação era reclamar do sistema do transporte público de Natal e principalmente, o fim do Passe Livre, cartão que permitia os usuários a usar dois ônibus ao preço de um.
De início, a manifestação era pacífica e parte dos estudantes estava promovendo “roletaços”, ato no qual algumas pessoas entravam no ônibus de graça. Na Avenida Salgado Filho, as vias foram bloqueadas pelo pessoal e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), como forma de desafogar o trânsito, chegou prender manifestantes, entre os cidadãos que foram detidos está uma professora universitária.
De acordo com o discente de Rádio & TV da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Hélio Ronyvon, é complicado afirmar que os atos relacionados à ontem foram feitos pelos estudantes. “Na plenária que eu participo, muitas pessoas eram contra o ato de vandalismo”, afirmou.
O músico Melky Medeiros estava presente quando aconteceu o incêndio no ônibus próximo ao Midway. Ele comentou que alguns queriam fazer o “roletaço”, porém o motorista recusou e ameaçou de atropelar as pessoas. O condutor foi impedindo de realizar essa atitude pelos manifestantes.
Medeiros falou que depois, o motorista e os passageiros saíram do veículo e logo após, o ônibus foi queimado. O músico acredita que essa atitude foi feita pela parte “anarquista” da revolta, visto que a “Revolta do Busão” é formada por vários grupos e não há um líder específico.
Canindé Soares
Bombeiros enfrentaram dificuldades para debelar fogo em ônibus na avenida Bernardo Vieira.
Após o incêndio, a Polícia Militar, através do Batalhão de Choque, chegou ao local e atiraram balas de borracha para tentar controlar a situação. Pessoas que estavam próximas e manifestantes chegaram a ficar feridas.
No final da manhã, a PM falaram a sua versão sobre os fatos e os atos relacionados à manifestação de terça. Próxima manifestação é na quinta-feira (20).
Visão da Seturn
O membro do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos do Município de Natal (Seturn), Augusto Maranhão, acredita que não foram os estudantes que realizaram os atos vândalos. “O protesto perdeu o controle, acredito que houve infiltração de não estudantes dentro da manifestação que estavam querendo só bagunçar”, disse.
Ele falou que os ônibus demoraram a circular pelas ruas na quarta-feira (19), porque alguns funcionários tiveram medo dos veículos fossem queimados. Maranhão falou que alguns ônibus voltaram à garagem mais cedo por motivos de segurança.
No final da tarde, o Seturn vai realizar uma coletiva para falar dos gastos e o motivo de ter retirado o Passe Livre.
Fonte: Nominuto.com
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