domingo, 9 de setembro de 2012

Está na hora de deixar o discurso demagogo de lado


Carlos Barbosa analisa a época das eleições em que é comum o candidato usar o discurso demagogo para justificar porque merece o voto do eleitor.



Divulgação
Em época de eleições é comum o candidato ou os candidatos usarem de discurso demagogo para justificar porque merecem o voto do eleitor. Falo dos candidatos a cargos no Executivo. E quando se tem um presidente ou presidenta da República, caso de Dilma Rousseff, bem avaliada pela população, aí é que os candidatos abusam desse discurso.

Ou seja, usam da estratégia de obter votos e expectativas do eleitor, tipicamente por meio de retórica e frequentemente apelando para líderes nacionais bem avaliados, caso da presidente Dilma Rousseff. As eleições em Natal não fogem a regra.

Dizer que merece ser eleito porque será um parceiro da presidenta Dilma Rousseff faz bem o tipo do discurso demagogo, ou seja, é um tipo de subterfúgio para escapar o objetivo principal.

Não custa lembrar aos prefeitáveis que, mesmo sendo bem avaliada pela população, o “remédio” usado pela presidente Dilma Rousseff para lidar com a estagnação da economia tem se mostrado mais do que amargo para boa parte das prefeituras. De acordo com a CNM (Confederação Nacional dos Municípios), 74,7% dos municípios têm dificuldades em fechar suas contas em função da redução do FPM. Natal é um destes municípios que vem perdendo receita.

Fechado o pequeno parêntese sobre a questão do FPM, lembro àqueles que se dizem parceiros do governo federal, que a presidente Dilma Rousseff ao tomar posse no Congresso Nacional foi bem clara quando disse, em determinado trecho de seu pronunciamento, que “iria governar para todos”.
Dilma Rousseff já demonstrou que tem uma postura institucional e que não tem qualquer preconceito em relação a partidos políticos. 

Aliás, Dilma já posou até ao lado da prefeita de Natal, Micarla de Sousa (PV), sem nenhum constrangimento. Os ministros do governo da presidenta Dilma também não se furtam de receber a governadora Rosalba Ciarlini (DEM), em Brasília. Isso é democracia.

Na eleição para prefeito de Natal, dos seis candidatos, pelo menos três fazem parte de partidos da base aliada do governo Dilma Rousseff: Fernando Mineiro (PT); Hermano Morais (PMDB) e Carlos Eduardo Alves (PDT). Detalhe: Mineiro é do partido da presidenta Dilma; Hermano é do partido do vice-presidente da República que ainda tem cinco ministérios e; Carlos é do partido que detém um único ministério.

Portanto, caro leitor-eleitor, esse discurso evasivo de que se for eleito será um parceiro da presidenta Dilma não deve ser levado em conta, pois que, independente de quem seja eleito prefeito da capital potiguar, até mesmo o deputado Rogério Marinho, do PSDB, adversário número 1 do governo petista, terá certamente o apoio do governo federal, desde, claro, que apresente projetos para obter recursos da União.

Ademais, o Brasil é um país federativo e como tal não pode haver discriminação desse ou daquele governante. No entanto, o que faz fluir recursos federais são projetos que devem estar muito bem estruturados, sob pena desses recursos não virem. E aí não se trata de ser parceiro ou não da presidenta Dilma Rousseff. 

O resto, bem, o resto é conversa pra boi dormir!

Fonte: Nominuto.com

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